Não vou!






Quando eu sair 

Não me peça

Para vestir fantasias

Muito menos por máscaras

Não me dispo da espontaneidade

Não peça para deixar na gaveta

Quem sou!

Se for para ir sem mim

Eu não vou!

Quero estar todo momento

Em todo canto

Comigo: limpa e verdadeira

Não peço licença para entrar

E ser eu mesma

Esse mundo-Matrix exige máscaras

Personas...

Alegrias artificiais...

O vazio que preenche as superfícies

Rasas, vagas, dispersas...

Com opiniões prontas

Sem espaços para dúvidas, para ouvir, aprender,

Não sou!

Então, não me chame...

Para ser quem não sou

Eu não vou!

Fico comigo

O melhor lugar é dentro de si

Quando real e de face à mostra

“Fashionices” vestem o corpo

Espontaneidade reveste a alma

Essa é quem sou: 

Carrego comigo

Verdades, virtudes, defeitos...

Se quiser, 

É assim que eu vou!

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