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Vamos “Caetanear”!

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Sexta-feira, mais de 10 da noite... Depois de uma conversa instrutiva sobre Machiavelli, suas obras (não só no campo da literatura, mas também das ciências) e a distorção de “O Príncipe”, que nunca li por um enorme preconceito (confesso!), justamente por ser o livro de cabeceira de muitos péssimos políticos que usaram a referida obra para ajustá-la às suas conveniências. Um calor insuportável. Vou mastigando um sanduíche de pressuito crudo e formaggio emmental e saboreando uma taça de vinho ao som das pessoas que saem da missa na catedral vizinha. Tantos pensamentos... estar aqui, Machiavelli que não era ‘maquiavélico’, mas sim o que fizeram com sua obra! O calor que só aumenta; afinal, o verão está chegando... E ao fundo uma rádio na internet que só toca MPB. Mais uma mordida no sanduíche, mais um gole de vinho... as mensagens sessam e, por isso, pude prestar atenção na música que tocava naquele momento, ouvia a voz de Caetano; coisa boa! Todos os dias ouço a minha dose d

Soberano

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Tempo tento, há tempos, tanto te entender, te decifrar, te traduzir ... Mestre Que nos ensina que Muitas vezes um estranho Pode nos estender a mão E aqueles que amamos por uma vida podem nos fechar as portas... Mistério Se reinventa, corre, não volta, não nos dá tempo, é relativo e absoluto! Milagre Refaz a vida, regenera, recompõe, recompensa ou degrada Segredo Por vezes oculta verdades, faces, acontecimentos... Retendo para si e revelando-os na sua hora Sonho Envolto em memórias, projetos, desejos, pensamentos Sobereno Decreta o começo, o meio, o fim de tudo Traz sabedoria para alguns, mágoas para outros Rugas e dores aos que nada aprendem Marcas de experiências para os que o desfrutaram Mestre, misterioso, milagre de sonhos, senhor e soberano sobre nós...  Quase indescritível, indecifrável Tempo é o senhor tempo das coisas, do tempo da vida E que tantas vezes não é o nosso próprio

Mês das Mulheres: reflexão

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O dia 8 de março é para lembrarmos que as mulheres merecem dignidade e respeito todos os dias.  Segue um texto brilhante sobre a obra de Simone de Beauvoir, extraído do site Pensar Contemporâneo* Tornando-se uma mulher: Simone de Beauvoir sobre a personificação feminina Geralmente para os existencialistas, não se nasce nada: tudo o que somos é o resultado de nossas escolhas, à medida que nos construímos a partir de nossos próprios recursos e daqueles que a sociedade nos proporciona. Nós não criamos apenas nossos próprios valores, nós mesmos criamos. Simone de Beauvoir, apesar de declarada existencialista ao longo da vida, postula limites a essa ideia existencialista central de auto criação e autodefinição, qualificando a liberdade absoluta proposta por Jean-Paul Sartre em O Ser e o Nada . Por outro lado, Beauvoir apresenta um quadro ambíguo da liberdade humana, em que as mulheres lutam contra as aparentes desvantagens do corpo feminino. Em O Segundo Sexo, seu trabalho mais

Nossa ciranda

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Ainda que tantas vezes a vida seja como uma ciranda, onde giramos, giramos e voltamos para o mesmo ponto, esse lugar já não será igual a aquele de início, tão pouco nós seremos os mesmos. Nos 360 graus desse percurso, encontramos situações e pessoas que giram conosco, ou contra nós, e outros tantos que estão em cirandas paralelas, que se complementam, são indiferentes ou se afetam. A cada passo desse giro, o tempo atua e transforma tudo e todos, a todo tempo, mesmo que seja para permanecer igual; é a mudança para reafirmar a não mudança. Persistir no que se é e sempre foi, sem alterar nada, apesar de acontecimentos e pessoas e lugares e o próprio tempo passarem por alterações. Há quem viva tudo isso e não queira mudar nada. A aparência de que nada muda é exatamente a afirmação de não mudar... A ciranda, muitas vezes, é também uma forma de nos reter, segurar um pouco (ou muito) a nossa jornada para que nos seus giros possamos nos preparar e nos fortalecer para prosseguir o cam
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A Vale Vale um vale de lágrimas, Vale um mar de lama... Meio ambiente, Natureza, pessoas Suas vidas, suas coisas... De nada valem para a Vale Vale a impunidade, Vale a repetição, Vale o lucro sobre a vida Força da injustiça vale mais Que a dor e indignação Eu me pergunto : O que vale a pena no Brasil, Além da ganância e Da corrupção?!

Pensieri

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Para encerrar 2018, um ano que considero em uma única palavra, ESTRANHO; um ano no qual muitas pessoas acreditaram que para se obter o que elas achavam o melhor, escolheram o pior; um ano no qual muitos deixaram suas máscaras caírem; um ano no qual a divisão nunca foi tão explícita... um ano definitivamente estranho! Deixo aqui alguns pensamentos e frases: “Existem muitas pessoas que não querem por perto alguém que mostre, de alguma forma, seus erros. Desejam aqueles que são espelhos e refletem a cegueira, mostrando que sempre estão certos”. “O pequeno poder que te alimenta hoje é o fracasso que te engolirá amanhã. Adeus!...” “A posse é o que te prende, o ser é o que te liberta. Podemos ser em qualquer parte, mas não podemos carregar tudo o que temos para todos os lugares”. “Deus fez o mundo sem fronteiras, os homens é que constroem os muros”. “Nenhuma atitude alheia tem o poder de mudar a vontade que vem da nossa alma”. “O desafio é ser paz no caos”.

Juntos?!!

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Depois de tantas brigas por mais de quatro anos. Famílias separadas, noivados desfeitos, amizades de anos acabadas, amigos virtuais deletados. Tantas panelas amassadas, batidas nos terraços dos apartamentos país afora. Enfim, tantos conflitos, brigas, lágrimas, socos e uma polarização irracional, finalmente o Brasil terá o incrível e esplêndido feito de ter os dois lados juntinhos e unidos (dormindo de conchinha e tudo!) , como nunca antes na história desse país. Regogizem-se, patriotas! Esse é um momento inédito: Um, dois, três, quatro... Um, dois, três, quatro,  direita, volver! Um, dois, três, quatro... Um, dois, três, quatro, esquerda, volver! Um, dois, três, quatro... Um, dois, três, quatro, Um, dois, três, quatro... Um, dois, três, quatro, Um, dois, três, quatro... Um, dois, três, quatro... Direita: Um, dois, três, quatro... Um, dois, três, quatro, Um, dois, três, quatro... Um, dois, três, quatro, Um, dois, três, quatro... Um, dois, três, quaaaaaaaaaaaaaaaaatrrrr

Mais ou Menos?!

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Gente que não gosta de gente  Que é raivosa  É gente de menos pra mim: Menos na minha lista de contatos  Menos na rede social  Menos quem se acha mais  Menos no meu coração  Porque hoje menos é mais  Menos ódio  É mais amor  Menos ignorância  É mais conhecimento real Menos ter É mais ser Menos egoísmo  É mais altruísmo  Menos intolerância  É mais consciência  Porque eu quero muito mais  Verdade  Justiça  Igualdade  Arte Vida  Alegria  Liberdade  Gente sendo o que é Na sua cor, no seu amor, no seu ser Pulsando plena e feliz Porque como o poeta diz: "Gente é pra brilhar"

A despedida

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O adeus custa a chegar... Dias, semanas, meses passam O nada comanda o arrastar de horas Que se sucedem pessimistas e vazias Confusas e angustiantes Por vezes, vencidos pelo cansaço Da longa espera por mudanças Que não vem... Fechar os olhos, acordar Sol nasce e se põe Sem a certeza dos tempos melhores De mudar... De rumo, de espaço, de ar, de vida! Os ponteiros correm, Não há como segurar Sempre vorazes teimam Ser mais rápidos do que os fatos Que ficam para trás Na espera, por vezes cega, Nunca vã E apesar da intensa teimosia Do presente Ele não nega ao futuro Breve e b om  O adeus para recomeçar E começar... O melhor do por vir   Real e concreto Ser luz, paz Ter: Simplesmente uma vida!

Viagem ao fundo do ego

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Eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu,   eu, eu,   eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu,   eu, eu,   eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu,   eu, eu,   eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu,   eu, eu,   eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu,   eu, eu,   eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu,   eu, eu,   eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu,   eu, eu,   eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu,   eu, eu,   eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu,   eu, eu,   eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu,   eu, eu,   eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu,   eu, eu,   eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu,   eu, eu,   eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu,   eu, eu,   eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu,   eu, eu,   eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu,   eu, eu,   eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu,   eu, eu,   eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu,   eu, eu,   eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu,   eu, eu,   eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu,   eu, eu,   eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu,   eu, eu,   eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu,   eu, eu,   eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu,   eu, eu,   eu, eu, eu, eu, eu, eu,

Metáforas

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Acredito ser em muitas circunstâncias uma pessoa metafórica. Explico melhor, talvez por ser imaginativa desde criança vejo algumas situações por meio de metáforas e, por vezes, também por meio de signos. Exemplo disso é que dias atrás tive que ir a um lugar onde não tinha a mínima vontade, mas era obrigada... e, quase na entrada, me deparei com uma barata significativamente grande que passeava agitada entre a guia e a calçada. Achei um pouco inusitado, porque já estamos no outono e esse ser asqueroso é mais comum no calor. Mas logo me veio a lembrança de que nossa cidade nunca esteve tão suja e tão propícia a insetos rasteiros (literal e metaforicamente falando!). Entretanto, a metáfora surgiu em seguida e, claro, foi o que prevaleceu no meu entendimento: a barata rodeando a porta daquele local era a representação de tudo o que existe ali: as más ações ocultas aos olhos incautos; todas as sórdidas intenções, a ganância desmedida, a falta de respeito pelo ser humano. Tudo o que te