Como é?!
Nascida no início dos anos 1970, minha infância foi povoada por heroínas fascinantes; mulheres fortes, decididas, inteligentes, lindas e independentes. Cito aqui algumas delas, começando pela minha favorita: a Mulher Maravilha – adorava imitá-la com seu avião transparente, os braceletes e o laço da verdade – era mesmo poderosa! Outra querida, Betty Boop, que aliás, era a minha amiga imaginária e, acredite, morava no rodapé do banheiro lá de casa. Havia tabém as lindas e sagazes Panteras e a Princesa Safiri, com direito a capa e espada, que se passava por menino para defender o seu trono. Na adolescência, na segunda metade dos 1980, as mulheres eram donas do seu nariz, da sua vida e do seu corpo. Os exemplos eram os mais diversos: a repórter Zelda Scott, de Armação Ilimitada – que vivia numa boa com os dois surfistas, Lula e Juba – e adotaram o "menino de praia", Bacana; A personagem Alex, de Flash Dance, dançarina de uma boate à noite e soldadora em uma metalúrgic