A'uwẽ: utabi ĩtede'wa wi uburé ti'a *
(Indígena: verdadeiro dono de toda terra) Vivemos em um país cuja miscigenação é visível e inegável, ainda que muitos não queiram enxergar o óbvio, ou pior, queiram negar e apagar a história e a genética do povo brasileiro. O que, em tempos de Terra plana e todos os tipos obscuros de negação, nos faz crer que estamos dentro de um thriller bizarro que mistura episódios contínuos do “Além da Imaginação”, com o filme “Invasores de Corpos” e assim os absurdos vão se tornando lugares-comuns, coisas corriqueiras... Dentro dessa amalgama que compõe o “ser brasileiro” (genética, histórica e culturalmente), temos a nossa matriz, o princípio de todos nós, os mais brasileiros dos brasileiros: os indígenas. Que dos tempos da exploração (ops, sorry!) digo, da colonização, foram mortos, escravizados, contaminados com vários tipos de doenças, tratados como seres “inferiores”, suas terras subtraídas e usurpadas. Hoje, desprezados e relegados a espaços cada vez menores, correndo o risco, principalmen