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A despedida

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O adeus custa a chegar... Dias, semanas, meses passam O nada comanda o arrastar de horas Que se sucedem pessimistas e vazias Confusas e angustiantes Por vezes, vencidos pelo cansaço Da longa espera por mudanças Que não vem... Fechar os olhos, acordar Sol nasce e se põe Sem a certeza dos tempos melhores De mudar... De rumo, de espaço, de ar, de vida! Os ponteiros correm, Não há como segurar Sempre vorazes teimam Ser mais rápidos do que os fatos Que ficam para trás Na espera, por vezes cega, Nunca vã E apesar da intensa teimosia Do presente Ele não nega ao futuro Breve e b om  O adeus para recomeçar E começar... O melhor do por vir   Real e concreto Ser luz, paz Ter: Simplesmente uma vida!

Viagem ao fundo do ego

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Eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu,   eu, eu,   eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu,   eu, eu,   eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu,   eu, eu,   eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu,   eu, eu,   eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu,   eu, eu,   eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu,   eu, eu,   eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu,   eu, eu,   eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu,   eu, eu,   eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu,   eu, eu,   eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu,   eu, eu,   eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu,   eu, eu,   eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu,   eu, eu,   eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu,   eu, eu,   eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu,   eu, eu,   eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu,   eu, eu,   eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu,   eu, eu,   eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu,   eu, eu,   eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu,   eu, eu,   eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu,   eu, eu,   eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu,   eu, eu,   eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu,   eu, eu,   eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu,   eu, eu,   eu, eu, eu, eu, eu, eu,

Metáforas

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Acredito ser em muitas circunstâncias uma pessoa metafórica. Explico melhor, talvez por ser imaginativa desde criança vejo algumas situações por meio de metáforas e, por vezes, também por meio de signos. Exemplo disso é que dias atrás tive que ir a um lugar onde não tinha a mínima vontade, mas era obrigada... e, quase na entrada, me deparei com uma barata significativamente grande que passeava agitada entre a guia e a calçada. Achei um pouco inusitado, porque já estamos no outono e esse ser asqueroso é mais comum no calor. Mas logo me veio a lembrança de que nossa cidade nunca esteve tão suja e tão propícia a insetos rasteiros (literal e metaforicamente falando!). Entretanto, a metáfora surgiu em seguida e, claro, foi o que prevaleceu no meu entendimento: a barata rodeando a porta daquele local era a representação de tudo o que existe ali: as más ações ocultas aos olhos incautos; todas as sórdidas intenções, a ganância desmedida, a falta de respeito pelo ser humano. Tudo o que te
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A minha força e coragem são minhas. Não faço ação social ou caridade com elas! Busque as suas dentro de si, não me segue,  não me peça, não queira o que é meu; o que conquistei para mim. O riso é consequência da certeza do melhor, mesmo quando tudo de pior se faz presente. Já foi assim; assim é e será! Não se ensina ninguém a ser feliz, a superar dores ou limitações. Só aprende quem quer, quem está pronto para seguir sua própria trilha. Não se pavimenta a estrada alheia, quem não abre seu próprio caminho, não sai do lugar.  Não, não há receitas ou fórmulas prontas, milagrosas.  Só existe um jeito: viva e deixe viver!

O Paradoxo do Anonimato

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Sorria você está sendo filmado! Já há alguns anos nos deparamos com essa frase estampada em plaquinhas nos mais variados recintos - de consultórios a linhas de ônibus- e acaba sendo tão trivial que não nos damos conta de que em nome da segurança somos filmados, escaneados, chipados, biometrizados, crachazados, entre outras muitas formas (modernas ou tradicionais) de identificação. Sem  contar os programas de reconhecimento facial  que conseguem filtrar o que os nossos olhos não veem, determinando até as diferenças entre rostos de gêmeos idênticos. Pois é, tantas formas de se identificar as pessoas; tantas maneiras de se expor para o mundo via web, ou redes sociais e ainda assim nunca se foi tão anônimo. Antigamente os vizinhos se conheciam, se visitavam. Ia-se ao comércio do bairro e os donos dos estabelecimentos conheciam seus clientes, anotavam suas despesas nas famosas cadernetas para serem pagas posteriormente; hoje não se conhece o vizinho de porta, paga-se com cartões: nú

Primavera Tupiniquim

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É incrível como o país atravessa a maior crise da sua história recente e é como se nada estivesse acontecendo. Temos de um lado, uma grande parte da população totalmente insatisfeita, cujo grito "fora Temer" é abafado todos os dias pelos principais veículos de comunicação, dando a impressão à outra parte da população que, encontra-se em estado de total letargia, de que tudo está como deveria e se não há nada a fazer, vamos tocando as nossas vidinhas pobrinhas, trabalhando para tornar cada vez mais rico 1% da casta nacional, que detém 70% de todo o PIB (sim, 70%!), enquanto nós, os 99%, "o resto" (?) ficamos com os 30% que sobram. Claro que esta casta luta e trabalha dia e noite para aumentar um pouco mais e quem sabe conseguir obter 85, 90%... O mais infeliz dessa situação é que esse quadro é o mesmo desde sempre; desde que Pindorama  passou a se chamar Brasil, há mais de 500 anos. De lá para cá, qualquer evolução ou progresso, é mera aparência, para esc

Sobre os pequenos gestos

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Se pararmos para prestar bem atenção, os pequenos gestos são os que dizem mais sobre as pessoas. Talvez alguns não concordem comigo e, quanto a isso, lamento... Mas é nas ações aparentemente banais que conseguimos identificar, muitas vezes, as intenções reais ou a grandeza de alguém. Em muitos momentos, aliás a maior parte deles, esperamos atitudes grandiosas, principalmente de quem é mais próximo de nós. Porém, algumas vezes a recusa, aparentemente boba, de se fazer um pequeno favor, revela muito sobre o caráter  de uma pessoa. Surpreendentemente, aquele que é capaz de mega ações não consegue em alguns momentos ser solidário em algo mais simples. Como isso é possível? Tenho uma teoria de que muitos atos grandiosos são mais fáceis, não pela generosidade, mas pela vitrine que ato pode projetar. Ou seja, o que é grande pode aparecer aos olhos de todos. Já uma pequena atitude, geralmente não rende uma linha no Twitter. É mais difícil obter de algumas pessoas ações menores do q

Não vou!

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Quando eu sair  Não me peça Para vestir fantasias Muito menos por máscaras Não me dispo da espontaneidade Não peça para deixar na gaveta Quem sou! Se for para ir sem mim Eu não vou! Quero estar todo momento Em todo canto Comigo: limpa e verdadeira Não peço licença para entrar E ser eu mesma Esse mundo-Matrix exige máscaras Personas... Alegrias artificiais... O vazio que preenche as superfícies Rasas, vagas, dispersas... Com opiniões prontas Sem espaços para dúvidas, para ouvir, aprender, Não sou! Então, não me chame... Para ser quem não sou Eu não vou! Fico comigo O melhor lugar é dentro de si Quando real e de face à mostra “Fashionices” vestem o corpo Espontaneidade reveste a alma Essa é quem sou:  Carrego comigo Verdades, virtudes, defeitos... Se quiser,  É assim que eu vou!

Para onde foram os afetos?

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As redes sociais encurtam distâncias; muitas vezes trazem novidades em tempo real, possibilitam que vários amigos simultaneamente (ou quase) interajam, troquem experiências, compartilhem opiniões. É também palco para expressões de todos os gostos e tipos. O que, por vezes, gera conflitos, visões divergentes e distorcidas sobre assuntos banais ou polêmicos. Há histórias comoventes, vídeos engraçados, memes super criativas, Como também um sem fim de bobagens e coisas sem a menor relevância. Tudo fica ao gosto do freguês e da rede de amigos que cada um alimenta. Nesse emaranhado de posts, fotos, vídeos e desabafos de toda a sorte, há espaço para mensagens religiosas de vários tipos e credos; bom dia; boa tarde; boa noite; bom final de semana; dia daqueles que só levantam de um lado da cama; dia do canhoto; dia da cor; do dente do siso e um vasto calendário que a maioria de nós desconhecia completamente até as redes sociais se aboletarem em nossas vidas. Não podemos nos esquece

Um pouco do passado

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Estou precisando de um pouco do gosto do passado Os cheiros da infância O sabor da comida das minhas avós As coisas que me eram tão caras A inocência de criança perdida com os anos A natureza que não mais se vê: Vagalumes, borboletas, joaninhas... O som do canto dos pássaros Os moleques brincando na rua, Eu brincando na rua! A carrocinha  de algodão doce, o sorveteiro, A raspadinha e a maçã do amor Sinto falta do tempo em que havia: Respeito por todos, nas mínimas coisas; Olho no olho; cara a cara; Verdades sem milindres; Sentimentos reais, sem vitrines  virtuais; Pessoas com pensamentos próprios; A palavra dada valia mais do que qualquer fortuna! Quero a época em que a simplicidade encantava Amigos reunidos, rindo em uma conversa casual O abraço carinhoso, sem nenhuma intenção Onde não havia espaços para agressividades gratuitas Disfarçadas de direitos, miltâncias vazias, Pseudo liberdades de expressão, Ou a hipocrisia disfarçada de politicamente correto Q

Indignidades

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Indignação, Indignação, Indignação, Indignação, Indignação: morte de Teori Zavaski ... Indignação, Indignação, Indignação, Indignação, Indignação: grafites apagados ... Indignação, Indignação, Indignação, Indignação, Indignação: presídios em Manaus e Rio Grande do Norte ... Indignação, Indignação, Indignação, Indignação, Indignação: posse e discurso de Trump ... Indignação, Indignação, Indignação, Indignação, Indignação: surto de febre amarela e malária ... Indignação: palavra, sentimentos gerados … Que sublimem, elevem, superem, se transformem : em novo, nobre,   B om . Até lá... só me resta IN- DIG- NA- ÇÃO !!!