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Contra?

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Eu não sou contra nada, nem ninguém. O que sou é a favor de muitas coisas, dentre elas: Dignidade; Respeito;  Caráter;  Amizade;  Amor;  Igualdade irrestrita entre todas as pessoas;  Liberdade de credo;  Verdade;  Paz;  Espontaneidade;  Justiça;  Prosperidade etc.  Não tenho (e não tento) convencer qualquer pessoa sobre isso, mas não quero (e não vou) engolir ou ser convencida com discursos prontos, escolhidos em prateleiras, de pessoas que precisam dar opinião sobre absolutamente tudo – e o tempo todo! Não sou obrigada a NADA! Não tenho que dar opinião sobre NADA! Tenho a opção de não me indignar e preferir ouvir os cantos dos pássaros. Passarinhando, encerrando vou parafrasear, ou melhor, citar Mário Quintana: "Todos esses que aí estão Atravancando meu caminho, Eles passarão... Eu passarinho! " (Poeminho do Contra)

Transformar

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Quando o vazio é o que te preenche O silêncio é o que fala A solitude o que te acompanha É hora de ficar imóvel, Da espera que antecede tudo o que está por vir Despir as vestes das crenças passadas E deixar passar... Rumo ao novo: mudar Soltar as amarras das crenças, orgulhos; ilusões Transcender o aparente Buscar a plenitude para emergir o que é real Traduzir os sonhos Ouvir a voz da alma: se TRANS-FOR-MAR!

Assim caminha (ou não) a humanidade

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Quando nascemos ele está lá, pronto para nos acolher e nos levar com ele por toda a nossa vida. Alguns dão de ombros, passam ao largo e vivem seus primeiros anos de vida longe de sua supervisão direta. Na fase escolar, ele está ali, olhando para ou por você, depende do lado que você está. Mas quando crescemos e alcançamos a vida adulta não há como escapar; lá está ele – de braços abertos, sorridente – pronto para nos envolver e nos acompanhar até a hora do descanso eterno. Há dois lugares que são a sua morada predileta: a empresa onde se trabalha – a maior parte delas – e nas esferas públicas (serviços, órgãos, repartições...). Mas atualmente ele faz hora extra e podemos encontrá-lo em outros lugares-chave da sociedade: alguns tipos de “entretenimento”, mídias, corporações, instituições financeiras e outros mais. Em se tratando de uma pessoa resignada, você irá se acostumar com a sua presença constante e vigilante. Passado um tempo, vai começar a gostar dele e achar que sua abran

O que mora em mim

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Mora em mim uma criança Menina sapeca, Ingênua, travessa, Moleca de tranças Rodopia na vida Tomba e levanta Reaprende a andar, A correr e saltar Mora em mim uma criança Àquela que brinca, Bambeia na corda, Roda e dança Ri largo e espontâneo, Chora e bate o pé Sabe o que foi o futuro Vê o passado o que é O que mora em mim é uma criança Abro as portas pra ela sair Se manifestar Solta, me possuir Deixar de lado As asperezas cotidianas Fluir a leveza mágica Jogar o jogo, rolar os dados Tratamento estético natural Essência do ser (e ser) Feliz por tudo e qualquer coisa Alegria de ser um ser original Ânima, combustível da vida Me refaz; ligação divina Da eterna alma Que o tempo leva e traz O que mora em mim é uma criança Que vem e vai Leve, me leva e sigo Comigo nessa ciranda!

Negras Lágrimas

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No dia 22 de setembro comemorou-se o dia do Rio Tietê. Eu disse mesmo comemorou-se?! Mas o que realmente temos para comemorar? Quando pequena ouvia meu avô dizer que havia pescado no rio Tietê. Eu, uma menina com seus quatro ou cinco anos, perguntava espantada a ele como podia pescar ali se o rio era muito sujo, não tinha peixes... Sorrindo vô Nino me contava que nem sempre foi assim, que as pessoas nadavam, pescavam e se divertiam muito ali. “Por isso, têm os clubes Tietê e Espéria pertinho do rio, tinha competição de remo e natação!”, dizia entusiasmado o pai de meu pai, com seus olhos azuis cor de céu que brilhavam com aquelas recordações. E eu ouvia essas histórias num misto de desconfiança (podia ser uma espécie de conto para crianças como tantos que eu escutava) e de saudades por algo que não vi e não vivi. Passado muito tempo, as histórias do meu avô, e de outras pessoas que tiveram o privilégio de ver limpas as águas desse rio, estão cada vez mais e mais distantes. Seu Ni

Bichos Soltos

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O mês de agosto é popularmente conhecido como o mês do cachorro louco. E posso dizer que, de fato, não foi só o cachorro, mas que o bicho esteve solto neste agosto de 13! A chegada dos médicos estrangeiros, sobretudo os cubanos – mostrou para nós mesmos e para o mundo – que o Brasil não só padece de falta de médicos, mas de falta de educação e respeito com os seres humanos, independente de sua nacionalidade, cor ou sexo. Palavras de ordem contra os cubanos, racismo e preconceito... Substituo aquela frase “Orgulho de ser brasileira (o)” por “VERGONHA de ser brasileira”. Atualmente, temos tido vários motivos para nos envergonharmos. Além desse triste episódio, temos visto a mídia propagar aos quatro cantos vândalos, bandidos e desocupados travestidos de um nome gringo para se dizer chique e engajado (?), os tais black blocks... Ainda nesse estranho agosto tivemos o privilégio de ver um deputado condenado e já preso não perder o seu mandato. Lembrem-se que há menos de dois meses o p

Miscelâneas

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Aqui vão pensamentos, desabafos, versos, teorias, inspirações, compilações (minhas e de outros)...enfim, uma sopa de letrinhas. Depois de um recesso de inverno, voltei! Sonhos são melhores que pesadelos Alguns são meros sonhos, imagens idílicas  Outros, desejos, motivações... Realizáveis, ou não... ******************************** Posses?!  Pode se perder... Ser é o que se mantém, Se tem: é ser! ******************************** Se eu gostasse de competir, teria escolhido ser atleta. ******************************** Fases azuis, fases cinzas, fases negras. São fases, hão de passar. ******************************* Status: Stress, meus radicais estão livres! ********************************* Crer ou não crer, eis a questão. Se não crer em nada é o que ta agrada, Ficamos assim Se crer em tudo, de mula-sem-cabeça a extra-terrestres, é o que apraz Tudo bem pra mim

“Você tem fome de quê?”

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Dia desses, vi numa revista de celebridades uma declaração da nossa excelentíssima President”a” alegando que o Brasil agora é um país de classe média que valoriza a arte, a cultura e a ciência. Confesso que tal afirmação me gerou certos questionamentos e, não vou negar, um pouco de espanto. E como não sou uma pessoa egoísta (pelo menos procuro não ser!), vou dividir minhas perturbações sobre o assunto com você meu estimado leitor. Começo a me indagar de qual país estamos mesmo falando, se é daquele que ainda possui mais de 14 milhões de analfabetos, para uma população de 194 milhões de habitantes. Não sou nenhuma expert, mas segundo meus cálculos esse número equivale a... deixe me ver... sim, a 7% da nossa nação. Ou estamos nos referindo ao Brasil que se tornou refém de um assistencialismo perverso que há uma década está convertendo o brasileiro – que era um batalhador por natureza (e se orgulhava disso) – em uma malta de encostados, uma casta especial que acha bom e normal ser manti

Incondicional

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Não importa a hora, chova ou faça sol, a qualquer movimento ou o som da minha voz é o suficiente para fazer com que ela pare tudo o que está fazendo e venha ao meu encontro. É assim desde sempre, desde quando veio morar conosco há quase nove anos. Esperta e carinhosa sabe surpreender quando quer. Pode se jogar aos meus pés, pular, ou enfiar o focinho na grade da porta e me olhar com olhinhos meigos, as patas dianteiras segurando a grade e o corpo dando um balancinho, como se estivesse dançando twist. Falo de Penélope, amiga de todas as horas. Em todos os momentos disposta a um carinho, a uma brincadeira e até a uma verdadeira farra! Inquieta – essa senhora que em julho completará onze anos – não pára. Adora atravessar da garagem para o quintal dos fundos, dando uns pit stops no escritório, para quebrar a monotonia do trabalho, pedir um afago, brincar e ficar pra lá e pra cá. Quando vê que estou ocupada e não lhe dou muita atenção, dá um toque com o focinho na minha perna ou na

Notas Singelas

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Um som corta o árido cotidiano da nossa cidade. Em meio à agitação, aos passos apressados surgem notas singelas que vão ganhando forma, vida. E, então, uma melodia conhecida e agradável aos ouvidos toma conta do espaço e ecoa pelos quatro cantos. Anônimos de todas as idades, sexo e cor por um breve momento nos brindam com toques de sensibilidade e arte. Tornam os apressados mais leves e atentos. Os que têm tempo param para ouvir e observar. E toda a atmosfera ao redor se transforma por meio de mãos desconhecidas que alegram uma parte do dia dos que por ali passam. Músicas que tocam o coração, resgatam lembranças, afloram sensações. Esses raros momentos acontecem, vez ou outra, em determinadas estações do metrô paulistano. Onde pessoas comuns, por alguns instantes, emprestam um pouco do seu talento sentando-se ao piano e pondo-se a tocá-lo para tantos milhares de estranhos que por ali passam, que vão e vem para os mais variados destinos. Curioso... um local onde circulam tantas e div

De outros carnavais

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Lembro-me, quando criança ou adolescente, de ouvir meus pais e meus avós, em tom professoral, falarem: “no meu tempo era diferente!”; “no meu tempo não tinham essas coisas...”. Na época, confesso que achava chata essa comparação, ou, pelo menos, não via muito sentido nisso. Mas agora começo a entendê-los. Não se trata de querer que o tempo pare, que as pessoas, acontecimentos ou coisas fiquem imutáveis. Trata-se – de um lado – de uma gostosa nostalgia (por que não?). A nostalgia em certa medida é saudável, nos faz lembrar de fatos, pessoas, comidas, objetos etc. que nos foram queridos, fizeram parte de uma fase boa e que, sabemos, não voltará mais e que outras gerações não poderão ter as sensações que tivemos quando vivenciamos “estas nossas coisas tão especiais”. Por outro lado, existe algo que vai além da agradável nostalgia, e aí fico preocupada. A época em que vivemos traz consigo muitos recursos materiais e tecnológicos; um manancial incrível de marcas, produtos, serviços, int